Saia da Zona de Conforto

Na psicologia, a zona de conforto é uma série de ações, pensamentos e/ou comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. Nessa condição a pessoa realiza um determinado número de comportamentos que lhe dá um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Segundo essa teoria, porém, um indivíduo necessita saber operar fora de sua zona de conforto para realizar avanços em seu desempenho - por exemplo no trabalho - eventualmente chegando a uma segunda zona de conforto.

Agora apresento um texto retirada do blog do Marco Fabossi que mostra muito bem o que é viver na inércia da zona de conforto.

Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho, que tinha uma vida segura e tranqüila. Era monótona, é verdade, mas a monotonia é o preço que se paga pela segurança.

Nos limites de uma gaiola, os sonhos aparecem, mas logo morrem, por não haver espaço para baterem asas. Só fica um grande buraco na alma, que cada um enche como pode.

Assim, restava ao passarinho ficar pulando de um poleiro para outro, comer, beber, dormir e cantar. O seu canto era o aluguel que pagava ao seu dono pelo gozo da segurança da gaiola.

Do seu pequeno espaço ele olhava os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os beija-flores, com seu mágico bater de asas; as rolinhas, arrulhando, fazendo amor; as pombas, voando como flechas. Ah! Ele queria ser como os outros pássaros, livres… Ah! Se aquela porta se abrisse…

Pois não é que, para sua surpresa, naquele dia o seu dono a esqueceu aberta? Agora ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre!

Ele saiu e voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo e pensou: “Puxa! Como é alto! O chão da gaiola fica bem mais perto”. Sentiu um pouco de tontura. Teve medo de cair, e agachou-se no galho, para ter mais firmeza. Viu outra árvore mais distante, teve vontade de ir até lá, mas não estava seguro de que suas asas agüentariam, e agarrou-se ao galho mais firmemente ainda.

- Hei você! – era uma passarinha – Vamos voar juntos até aquela pimenteira? Ela está carregadinha de pimentas vermelhas e deliciosas. É preciso apenas prestar atenção no gato, que anda por lá…

Ele ficou todo arrepiado só de ouvir o nome gato, e disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha então procurou outro companheiro, já que ele decidiu continuar com fome.

Chegou o fim da tarde e a noite se aproximava. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele.

Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção? Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? Tinha também que pensar nos meninos com seus estilingues, no dia seguinte.

Ele nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada. Teve saudades da gaiola, e voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta. Em seguida chegou o dono, e percebendo a porta aberta, imediatamente a fechou e disse: “Passarinho bobo! Passarinho de verdade gosta mesmo é de voar!”.

Mas o passarinho preferiu voltar para sua “vidinha” tranquila e segura…

(Adaptado por Marco Fabossi do Texto de Rubem Alves)

Sair da zona de conforto é fundamental para fazer com que as pessoas, as empresas e os países se desenvolvam. Sair da zona de conforto faz com lutemos pelo nosso crescimento pessoal, profissional, familiar.

Faz quanto tempo você não faz algo diferente? Será que não é hora de você reciclar seus conhecimentos? 

Faz quanto tempo você não se atualiza? Quantas oportunidades você deixou passar, como um cavalo selado, e não aproveitou para não sair da sua zona de conforto?

Você acha que ficar muito bem deitado vai fazer com que você evolua, melhore de vida, consiga um emprego, passe em uma prova, consiga uma promoção?

Não pense muito, aproveite o começo de um novo ano para mudar de atitude e sair da sua zona de conforto.

"Pensa! O pensamento tem poder.

Mas não adianta só pensar.

Você também tem que dizer!

Diz! Porque as palavras têm poder.

Mas não adianta só dizer.

Você também tem que fazer!

Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer."

Gabriel o Pensador